AS DIFERENÇAS DE CORONAVÍRUS E A RELAÇÃO COM OS PETS
A maioria das mortes no início ocorreram na china, desde que o vírus foi detectado em dezembro de 2019. Alguns cientistas afirmam que o vírus vem da venda de animais silvestres no mercado de Wuhan dizendo que o local é o ponto de partida do vírus para o mundo.
Já existem pesquisas sobre o coronavírus desde 1994, isso não significa que estas pesquisas foram feitas sobre o coronavírus que está acometendo o ser humano, o tão temido (CoVID-19).
Por tanto temos que aprender com essa situação que a melhor forma de se prevenir das chamadas Fakes News, é que devemos buscar por notícias em fontes confiáveis.
Devido ao fato de se tratar de um vírus novo e que não existem estudos anteriores de seu comportamento em humanos, torna-se difícil a confirmação de notícias veiculadas através dos meios de comunicação existentes. Uma vez que para falarmos sobre um assunto tão novo, devemos pesquisar em fundamentos e bases cientificas.
Esta nova cepa de coronavírus (CoVID-19) teve sua existência em seres humano notificada pela primeira vez na data de 31 de dezembro de 2019, tendo como paciente zero, ou seja, o primeiro a manifestar os sintomas tanto leves quanto graves, um cidadão da cidade de Wuhan na China.
Os estudos científicos e os fatos decorrentes comprovam que o novo vírus causa sintomas de uma “gripe” evoluindo para uma grave pneumonia levando a uma insuficiência respiratória e após isso o tão temido óbito.
NOS ANIMAIS
Devido a uma notícia veiculada dizendo que um cão em Hong Kong foi acometido e diagnosticado com o novo coronavírus e depois de alguns dias veio a óbito, fez com que o mundo se alertasse para algo que ainda não haviam pensado, que é assunto de como e qual a melhor maneira de conviver com meu pet.
Lembrando que tudo sobre esse novo vilão do mundo, pode mudar a qualquer momento, pois pesquisas cientificas ainda estão em andamento para confirmação de alguns fatos.
No entanto, o que sabemos dentro da medicina veterinária é que existem vários coronavírus que acometem animais, sendo estes vírus da família Coronaviridae,coronas totalmente diferentes do novo coronavírus (CoVID-19).
Sobre o caso do cão de Hong Kong, ainda não existem estudos científicos comprovando que o ocorrido foi devido ao novo coronavírus.
Dos coronavírus que acometem os animais domésticos, existem os mais comuns que são os específicos dos canídeos e os específicos dos felinos.
Os dos canídeos temos: Coronavírus (CCoV) que acomete o cão causando uma gastroenterite levando a quadros de diarreias e vômitos, conseguintemente a um quadro intenso de desidratação. Existe também o Coronavírus Respiratório Canino (CRCoV).
A vacina existente para estes dois tipos de coronavírus é exclusivamente para cães, as vacinas são as V8 e a V10, ou seja, não existem testes que confirmam a eficácia desta vacina na prevenção do (COVID-19) uma vez que essas vacinas foram criadas exclusivamente para imunização canina e não imunização humana.
Já em felinos existe o coronavírus conhecido como (FCoV) Coronavírus Felino que acomete o animal causando a doença conhecida como PIF (Peritonite Infecciosa Felina), esta para o felino é extremamente perigosa.
Por tanto ainda não existem estudos ou fatos que nos confirmem que animais possam transmitir o coronavírus que já é comum para eles, ou simplesmente adquirir os novos coronavírus que foi notificado em humanos.
No entanto as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus, evitem um contato tão próximo com seus pets, o que não significa que se deve abandonar aqueles que sempre foram grandes companheiros, mas sim, tomar cuidados essenciais de higiene, tanto para com os animais de estimação quanto para o ambiente que ambos vivem.
Lembrando que estes hábitos já deveriam ser comuns para quem convive com um pet dentro de seu lar.
Apesar desse vírus ter mudado todo o mundo e ser muito recente e desconhecido, o que nos traz medo e insegurança, ainda é possível existir mudanças com o passar dos tempos e conclusões de estudos científicos.
Um vírus pode se adaptar a novas circunstâncias para manter sua sobrevivência, enquanto o ser humano está aprendendo como se defender.
Então, cabe a nós seres humanos, fazermos a nossa parte mantendo a higiene adequada dos locais de convívio, lavar as mãos com água e sabão e no momento em que estamos vivendo uma pandemia e quarentena, devemos ficar em casa e cuidarmos ainda mais dos nossos pets.
União, água e sabão. Abandono não!
PAULO ROBERTO DOS SANTOS VIEIRA
MÉDICO VETERINÁRIO | CRMV/SP46.915
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